domingo, 9 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
CURA ENTRE GERAÇÕES
Cura entre Gerações
A ideia de “cura entre gerações” não é, em si própria, incompatível com o ensinamento da Igreja Católica. Na realidade, a doutrina do pecado original pressupõe que os efeitos do pecado são passados de geração para geração (ver o Catecismo, 402-4-6). Tanto a psicologia como a experiência pastoral confirmam o fato evidente de que muitas vezes as faltas, fraquezas e pecados de uma geração – tais como alcoolismo, abuso físico ou sexual, distanciamento emocional, irresponsabilidade, etc – podem deixar sua marca na família, durando, algumas vezes, por várias gerações. Um pai pode praticar abuso ou ser emocionalmente ausente, em parte, por exemplo, por causa de seus pais, os quais, por sua vez, enfrentaram problemas que tiveram impacto sobre eles. Faz sentido, portanto, que uma pessoa passando por um processo de cura possa ser grandemente ajudada pelo reconhecimento desses padrões ligados às gerações e por orações, pedindo ao Senhor, especificamente, que rompa o ciclo não saudável e cura as feridas causadas pelo mesmo.
Entretanto, é também possível ver como esta forma
de ministério de oração por cura pode degenerar em práticas anormais manchadas
por superstições ou por erros teológicos. Por exemplo, um ministério de oração
pode afirmar ter um discernimento detalhado sobre supostas maldições ou outras
influências do ocultismo acontecidas há muitas gerações atrás, as quais devem
ser removidas por tipos específicos de oração. Rezar pela cura, com base em
tais especulações, seria entrar no reino do Gnosticismo, no qual a salvação
depende do conhecimento ao qual a pessoa tem acesso. Este é o motivo pelo
qual faz-se necessário um discernimento cuidadoso e prudente, assim como todos
os fenômenos na vida espiritual. “Examinai tudo: abraçai o que é bom” (I Ts 5,
21). Seria desastroso se uma condenação massiva da oração de cura pela linha de
família impedisse as pessoas de um reconhecimento legítimo do impacto da linha
de família tanto nas feridas emocionais como na cura. Tal resposta desajuizada
pode também ter o efeito de empurrar algumas pessoas para grupos não Católicos
onde este tipo de prática é aceito.
Parece-me que uma boa supervisão pastoral desta
prática deve incluir pelo menos três elementos:
1. Afirmação do que é válido na prática da oração
de cura pela linha de família. A premissa básica, reconhecida na teologia
Católica, é que, devido à unidade da família humana, Deus permite que as
consequências do pecado deixem sequelas nas gerações subseqüentes. O Livro de
Números 14, 18, e versículos similares (Ex 20, 5; 34, 7; e Dt 5, 9) devem ser
interpretados à luz deste fato básico da experiência humana. Isto não significa
que os filhos são culpados pelos pecados de seus pais (ver Ez 18; Jo 9, 2-3) e
nem de que uma pessoa não possa ser salva se não houver uma cura em sua linha
de família. Simplesmente, significa que as pessoas sofrem as consequências dos
pecados de seus pais e que, através da oração e da fé na obra redentora de
Cristo, elas podem ser libertas de tais consequências de acordo com a vontade
de Deus. Elas também podem ser ajudadas a perdoar seus pais ou avós de qualquer
coisa que as tenha prejudicado.
2. Uma exposição clara de tudo o que é inválido,
errado, ou exagerado em tais práticas. Isto inclui:
- Qualquer sugestão de que as pessoas, de alguma forma, suportam a culpa dos pecados de seus ancestrais ou de que podem ser punidas por causa deles;
- Qualquer negação de livro arbítrio, ou da responsabilidade da pessoa por suas próprias ações;
- Quaisquer afirmações exageradas a respeito de conhecimento profético de gerações anteriores e de sua influência sobre uma pessoa;
- Quaisquer práticas ocultas (ex: conversar com demônios ou com ancestrais);
- Qualquer abuso da Missa ou dos sacramentos que as subordinam a outro propósito (ex: alcançar boa sorte) e não respeita sua finalidade própria que é a de nos aproximar de Jesus Cristo e levar-nos à vida eterna.
- Qualquer sugestão de que as pessoas, de alguma forma, suportam a culpa dos pecados de seus ancestrais ou de que podem ser punidas por causa deles;
- Qualquer negação de livro arbítrio, ou da responsabilidade da pessoa por suas próprias ações;
- Quaisquer afirmações exageradas a respeito de conhecimento profético de gerações anteriores e de sua influência sobre uma pessoa;
- Quaisquer práticas ocultas (ex: conversar com demônios ou com ancestrais);
- Qualquer abuso da Missa ou dos sacramentos que as subordinam a outro propósito (ex: alcançar boa sorte) e não respeita sua finalidade própria que é a de nos aproximar de Jesus Cristo e levar-nos à vida eterna.
3. Diretrizes para praticar este tipo de ministério
de oração de forma teologicamente correta e prudente. Como todas as formas de
ministério de oração, as pessoas devem rezar com humildade, cuidado, bom
discernimento e bom senso. O ministério de oração não deve nunca presumir ter
uma palavra de conhecimento ou um discernimento profético infalível; ele/ela
deve expressar, com cuidado, qualquer sentido de profecia relacionado à
história da família da pessoa recebendo a oração e perguntar-lhe se a pessoa
pode confirmar. Seria prudente limitar a oração a somente aquelas influências
de gerações passadas que podem ser confirmadas pela memória ou história da
família. Seria também melhor fazer a oração da forma mais simples possível,
confiando que o Senhor curará conforme Sua vontade e não na habilidade ou
técnica do ministério de oração.
Fonte: Fonte: Boletim do ICCRS (International
Catholic Charismatic Renewal Services), Volume XXXV, número 4, de
julho/setembro de 2009.
ORAÇÃO
POR CURA DAS GERAÇÕES.
“Ponho
sobre meus familiares o selo do Nome de Jesus. A marca de Jesus está também
sobre minha saúde, minha família, meu trabalho e todas as pessoas por quem
agora rezo, sobre seus lugares, posses, fontes e suprimentos. Tudo está marcado
e selado pelo Sangue do Senhor Jesus Cristo.
No Nome do Senhor Jesus Cristo, proíbo quaisquer círculos de
feiticeiros(as), grupos ou emissários satânicos e seus associados, subordinados
ou superiores de prejudicarem ou tirarem vingança de nós. Proíbo, no Poder do
Nome do Senhor Jesus Cristo toda ação que possa prejudicar ou tirar vingança de
minha família, de todos aqueles que são envolvidos conosco, ou causar mal ou
dano a qualquer coisa que tenhamos.
No Nome do Senhor Jesus Cristo e pelos merecimentos de Seu Preciosíssimo
Sangue, quebro e dissolvo toda e qualquer maldição. Toda contaminação, toda
possessão diabólica, toda obsessão diabólica, todo espírito de enfermidade,
todo espírito de destruição, todo espírito de prostituição, todo desvio sexual.
Eu os repreendo, Jesus, e pelo poder do Teu Nome, eu quebro: toda a inveja,
ciúme, medos, fobias, ansiedades, neuroses, angústias, depressão. Todo espírito
de pessimismo, negativismo, vaidade e dores. Cubro tudo com o Teu Preciosíssimo
Sangue, Jesus.
Todo malefício, todo selo maligno, encantamento, feitiço, laço,
tentação, armadilha, instrumento maléfico, mentira, pedra de tropeço,
obstáculo, ilusão, engano, diversão diabólica ou distração, toda corrente
espiritual, influência espiritual. Também qualquer doença do corpo, alma, mente
e espírito lançada sobre mim e meus familiares.
A partir de agora, a Cruz de Jesus Cristo está colocada entre nós. Seu
poder se estende sobre mim e sobre todas as gerações da minha árvore
genealógica.
Declaro, no Nome do Senhor Jesus, que não mais haverá direta comunicação
entre as gerações. Toda a comunicação será filtrada, neste momento, pelo
Preciosíssimo Sangue do Senhor Jesus Cristo. Recebo a Vossa Verdade a respeito
da cura entre as gerações”
Concluir com um Creio, um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória
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